Ao chegar na mansão do Conde de Charnoy, Clément foi levado até o jardim, e lhe fora ordenado que esperasse lá até avisarem a jovem Isabelle da sua presença. E lá esperou, orgulhoso, com os sapatos embaixo de seus braços, antes do pôr do sol.
Começou a ficar nervoso, pois estava escurecendo, e a casa agitada com todos os preparativos não o ajudava em nada a controlar tal ansiedade.
Já chegando a noite, Françoise-Patrick começou a andar pelo imenso terreno. Sua cabeça estava perdida em meio a tantos pensamentos, tantas projeções. E em tal ponto, percebeu que tinha andado bastante pelo pomposo jardim, e que Isabelle poderia estar a sua procura onde ordenaram para que esperasse. Meio perdido, tentou voltar rapidamente, mesmo não lembrando muito por onde tinha vindo, ainda mais em toda aquela escuridão. Foi quando escutou algo que o fez parar. Pareciam gemidos, de alguém fazendo força, e começou a seguir tal som, até que se deparou com Frederic, por cima de Isabelle, que estava deitada e desacorda no chão de terra escura. Clément saiu em disparada gritando socorro, mas sentiu um forte golpe na cabeça, que imediatamente o fez perder os sentidos.
Ao acordar, Françoise-Patrick estava caído e amarrado, ao lado de Isabelle. Recebeu um chute violentíssimo do encarregado de Charnoy, e os que estavam em volta começaram a gritar: “assassino!”. As autoridades tiveram que cercar o jovem, e carregá-lo em meio a pessoas enfurecidas. O que não impediu que golpes, pedras e toda sorte de fúria atingissem o rapaz. Clemént estava assustado, não entendia nada, e só conseguia chorar perguntando desnorteadamente o que estava acontecendo.